como eu me sinto?
Florida!
Com o coração cheio de vontade.
Feliz por ver as sementes que eu plantei dando frutos...
Amando cada dia pela chance de evoluir nesta existência.
E grata, a deus e a todas as pessoas que de uma forma ou de outra me estimularam a não desistir...
E com muita fé e esperança...porque sei que estou apenas no início da realização dos meus sonhos...eu sei que a caminhada é longa.
Se eu tenho dúvidas profissonais? (quais são?)
Tenho dúvidas sim...
Mas agora elas ficam mais entre como agir quando estou lidando com as pessoas... se estou sendo justa, se estou indo pelo melhor, se estou dando o meu melhor...com a cooperativa, com as outras artesãs. Com todos que em parceria fazem parte da Flowz.
Sempre acho que poderia fazer mais e melhor, ás vezes a dúvida fica em como fazer isso.
Antes eu tinha dúvidas se valia a pena remar contra a maré do consumismo...é tão mais fácil fazer produtos sem pensar nos processos, na poluição, pensando só no lucro, enfim, eu pensava se tudo que eu passava (e passo) valeria algum dia a pena, muitas vezes sentei e chorei, ora de frustração, ora de alegria.
Hoje eu posso dizer que cada acontecimento me deu força, principalmente aqueles que me derrubaram e me obrigaram a voltar mais forte. Agora, e não faz muito tempo essa dúvida desapareceu, exatamente quando nasceu em mim crença em mim mesma, uma certa autoconfiança que me faz pensar que se eu quero, eu posso, eu consigo! E isso aconteceu porque depois de alguns anos na luta por um espaço no mercado com a minha marca eu posso realmente dizer que sim, é possível produzir uma moda sustentável com ativos ambientais, sociais e principalmente econômicos e eu posso comprovar isso!
Quais são meus sonhos?
São tantos que eles nem cabem em mim...poderia dizer que sou feita de sonhos...e que são eles que me fazem agradecer todos os dias por existir!
O maior deles era ter uma marca de moda sustentável que fosse socialmente justa e que realmente pudesse dar lucro, não só pra mim, mas que tivesse um prospecto de crescimento imensurável só através do feitil artesanal,reaproveitando materias descartados, retalhos... que as pessoas que fizessem parte fossem felizes por fazê-lo e vivessem bem.
Que as pessoas quanto clientes, se sentissem satisfeitas por usarem algo que está na moda, mas que veio de um processo limpo, que teve a mão de alguém que tem nome e endereço, que diminuiu o impacto do lixo vindo da moda efêmera.
Este sonho está se tornando real.
Claro que eu penso em muito mais, para mim, para a cooperativa, que sem ela nada seria possível.
Quero ter uma cooperativa própria e que as pessoas associadas possam viver (e bem) apenas da nossa produção. E tem a cooperativa para a produção de acessórios, que vai ajudar na renda de famílias que tem pessoas com problemas de hanseníase, é um sonho que estou trabalhando agora para se tornar real e espero (e vai dar) que dê certo.
Tenho outros sonhos, menores, mais simples...um projeto com crianças carentes, de educação ambiental, social e cultural...que seja mantido também pela Flowz, esse sonho é lindo, sei que um dia vai poder acontecer, mas esse é ainda bem um sonho mesmo.
Na minha vida pessoal esses aí também são meus sonhos, porque sei que se eles forem possíveis o resto é pequeno e fácil de construir...
Quero viajar, conhecer outros países, espalhar sementes...
Quero me tornar médium e também ajudar os outros com a umbanda, ajudar espiritualmente, assim como me ajudaram.
Quero ser melhor como pessoa.
Sonho em ser uma pessoa plena, me doar muito mais, com mais verdade e amor.
Quais são meus desafios?
Muitos! claro...
Vou citar os que acho mais relevantes...
O primeiro desafio é esse de colocar a Flowz no mercado e conseguir dar continuidade a esse processo, economicamente falando.
O segundo e constante é este de produzir coisas com lixo, com resto e provar que é tão bom quanto ou até melhor que os produtos que não tem esses ativos, ambiental e social
O terceiro é não perder o equilíbrio,e digo o meu mesmo, mental, espiritual e corporal, é se manter em harmonia comigo mesma, com minha família, diante de tanta dificuldade, de tanto trabalho.
O quarto, é o desafio de lidar com pessoas, que sentem, sofrem, vivem, cada qual com sua bagagem, seu talento, sua dificuldade, sua história.Como valorizar essas pessoas, como entendê-las?...esse é um grande desafio.
Todos creio que são, mas não são maiores, nem mais fortes que a minha vontade.
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